19 de junho de 2011

Achado Acidental em TC do Tórax

Individuo com 73 anos, chegou a Serviço de Urgência com traumatismo toraccico e abdominal. Refere dor ao nível da grelha costal esquerda e alguma dificuldade respiratória. Depois do exame clínico é enviado ao Serviço de Imagiologia para realizar várias radiografias, entre as quais, as rotinas para doentes politaumatizados: Radiografia do crânio, coluna cervical, dorsal e lombar, tórax, grelha costal bilateral e abdómen.
Das radiografias realizadas salientam-se múltiplas fracturas de arcos costais, assim como, imagens hiperdensas bilaterais, na radiografia do tórax, a esclarecer por Tomografia Computadorizada. Restantes radiografia sem alterações visíveis.
Foi realizado TC toraco-abdominal que revelou hemotórax bilateral com maior expressão à direita e  confirmou as fracturas dos arcos costais. Restantes aspectos normais, sem outros sinais resultantes do trauma.

Seguem a baixo algumas imagens em janela mediastinica (partes moles):




























Doente foi enviado para Hospital diferenciado. Regressa ao hospital de origem, 12 horas depois, com confirmação do diagnóstico, indicação para internamento, sem necessidade de colocação de drenagem toraccica
Dez dias depois, regressa ao Serviço de Imagiologia para controlo pós trauma, onde realiza nova TC toraccica. As imagens que se seguem documentam, em parte, esse exame:



Exame de controlo confirma todas as condições anteriores. No entanto, depois de uma observação mais atenta e depois de terem sido realizadas algumas reconstruções no plano sagital e coronal em logaritmo ósseo, foi detectada uma fractura da coluna dorsal, com critério de listese e fragmentação óssea a nível de D6-D7 a confirmar diagnóstico especifico em estudo centrado à zona de interesse.






























NOTA:

Imagens do RX da Coluna Dorsal obtidas após a entrada do doente no serviço de urgência (antes da realização da TC):



Em ambas as incidências a fractura da coluna dorsal é praticamente impresseptivel. Apenas com um olhar mais cuidadoso pode-se adivinhar, na imagem de perfil, um pequeno desvio listesico posterior de D6 sobre D7.

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